segunda-feira, 14 de março de 2016

Incoerência

A cada dia me convenço as redes sociais são disseminadores de discórdia ou um palco para demonstração da vaidade, da qual me incluo (inclusive,por isso, uma certa incoerência da minha parte, eu sei).
Em muitos momentos, parece que estamos escrevendo emails com cópias ocultas pois, ao nos dirigirmos a uma pessoa, envolvemos todos os nossos amigos (serão?). Quem trabalha com conflito, sabe que isso é uma das fases de tentar construir alianças para destruir a outra parte.
É lógico que o "animal" do conflito pede a minha posição (afinal, de que lado você está, estúpido?) e eu, sem muita consciência, acabo o alimentando. No momento que teclo "Enter", não sei o que vai acontecer mas tudo bem, falei. Isso é ser livre? Livre do quê se reajo às provocações e armadilhas que nós mesmos nos colocamos na vida.
Nossa desculpa é que, em busca da verdade que defendemos ou da transparência, todos devem saber das coisas e das minhas posições.

É fundamental nos posicionarmos e nos colocarmos a serviço da evolução do mundo.
Estou em busca de formas que estimulem o diálogo e não monólogos cheios de ironia e "verdades absolutamente parciais", fruto da minha capacidade de percepção ou argumentação. Toda verdade que emito é parcial e, portanto, não é verdade (nem esta que escrevo). Fatos que englobem mais pontos de vista e que, juntos com outros diferentes, façam emergir a verdade. Essa deveria ser a busca.

Adoro a tecnologia e estou me servindo dela agora para divulgar este pensamento. Mas, dividido, não sinto que ela esteja promovendo uma melhor convivência. Para nenhum dos lados, para nenhuma direção.

Murais feitos por 30 pessoas, completamente diferentes, com uma busca semelhante 

sexta-feira, 18 de setembro de 2015

Quando é que ela volta?

É muito difícil para um rapaz nascido nos anos 60, numa família de classe média alta, ficar indiferente ao filme "Que horas ela volta?". Retratando, de uma forma simples e com situações bem reais, o cotidiano da relação de patrões e empregados, o filme de Anna Muylaert é um achado. 

Em vários momentos me lembrei das diversas empregadas domésticas que habitaram o pequeno quarto de empregada de nosso apartamento e quantas eram consideradas como parte da família até que algo ocorresse - o sumiço ou a quebra de uma peça, uma esticada no final de semana, uma palavra mal dita. A cena da festa, em que Val, brilhantemente representada por Regina Casé, serve aos convidados que sequer olham ou lhe agradecem é representativa de uma época. Não olhávamos diretamente para aqueles que nos serviam, não sabíamos das suas biografias, não agradecíamos com palavras o serviço prestado. Tenho dúvidas se os verbos utilizados no tempo passado não poderiam ainda ser utilizados no presente.

Em muitas situações do cotidiano ainda percebo este tratamento de menor valia com aqueles que nos ajudam a colocar as coisas em ordem. Em casa, talvez as coisas tenham melhorado mas em muitas organizações teimamos em não nos aproximar das dores e das questões de vida dos hierarquicamente menos afortunados. O valor do salário e seus respectivos aumentos acabam, muitas vezes, tornando uma obrigação o bom serviço das máquinas-pessoas. 

Claro que já estamos melhores! Claro que isso, num contexto temporal, diminuiu. Mas, ainda, temos um longo caminho a percorrer e várias perguntas a responder para equilibrar nosso tecido social. 

Uma vida social saudável só será possível quando ela, a nossa consciência, voltar das suas viagens de conquistas materiais e reconhecer que a jornada em busca da harmonia deve integrar as diferenças. Quando restabelecermos a confiança no humano, recomeçaremos a trilhar um novo espaço de convívio, onde a importância não se medirá pelas maiores aquisições de bens e serviços mas pelo gesto de reconhecer as contribuições de todos e a nossa interdependência para uma vida em comunidade. 

Gestos pequenos como o perguntar do nome do garçom que te atende, um obrigado e boa noite ao motorista do ônibus do aeroporto que te leva até o avião, o querer saber como as pessoas chegam até o seu escritório, entre outros. Experiências de gentileza e interesse que começam, paulatinamente, a mudar uma sociedade. 

Só nos resta saber: quando é que ela, a nossa consciência, volta? 


quarta-feira, 9 de julho de 2014

Até o começo de tudo!

Sempre me dizem que escrever ajuda a exorcizar os fantasmas. Ontem, até me controlei para não sofrer com a derrota brasileira mas a noite me trouxe imagens do desespero de quem não tem mais nada a fazer a não ser ficar de cabeça erguida e aceitar o que não pode ser mais revertido. 

Mas, hoje, me lembrei de um filme visto no último domingo - Até o fim - um monólogo com Robert Redford (aliás, injustiçado no Oscar deste ano). Nesta pequena obra-prima, um homem (não sabemos nem o seu nome) está no meio do Oceano Índico, sozinho, no seu barco, quando um container bate e fura o seu barco, destruindo os seus equipamentos de comunicação. A partir daí, uma série de desventuras acontece até o fim do filme. E, a cada novo desafio, ele tem que se desapegar das coisas que levava e, com resiliência e criatividade, mantém a sua principal essência - lutar pela vida. 

Logo depois de assistí-lo, me veio imagens da alegoria sobre a nossa vida e as crises que enfrentamos. Quantas coisas, nestes momentos, se tornam acessórias ? Por mais que demoremos a entender e aceitar as perdas, elas acabam nos deixando mais livres e mais próximos daquilo que, realmente, nos motiva e nos mantém eretos e vivos - a essência de cada um. 

Mesmo tentando comunicação, o protagonista não é escutado, e a cada momento vai ficando mais sozinho e com menos recursos externos para continuar vivendo. Até que a única coisa que o mantém com chances de sobrevivência precisa virar cinza ! Nos nossos piores momentos, nos sentimos assim, sós e com poucos recursos para lutar. 

Mas, aí, o "impossível" acontece! Aliás, não é o impossível mas aquilo que resgata o necessário para a nossa vida. Aquilo que faz com que recomeçamos a viver com todas as qualidades. É assim que saímos das crises e escrevemos mais capítulos da nossa história. 

E a relação com o jogo de ontem ? Para mim, a derrota (um container e todas as desgraças que acontecem no filme) acabou revelando, no fundo do mar, quase sem ar, que a nossa essência não está em ser uma pátria de chutarias mas na alegria de viver que é única deste povo, que é admirada e desejada por quem nos visita e que nos mantém diferentes e únicos. 

domingo, 11 de maio de 2014

Do envelhecer com juventude

Talvez poderia negar e dizer que não tem nada ver mas esta reflexão, é claro,  tem a ver com os meus 50 anos! Uma data bem legal de ser comemorada mas olhando para os próximos tantos anos com a pergunta : como envelhecer?

São tantos exemplos bons e ruins ao nosso redor. Da amargura de uma expectativa não realizada, de uma paz não alcançada, da angústia de não ter sido aquilo que se esperava de si próprio (ou do que esperava do mundo!) a corpos já com as marcas do tempo e o espírito jovem completamente preservado. Com certeza, lembramos de pessoas que preenchem quaisquer destas "classificações".

Acabei de ter uma semana onde se provou a necessidade da renovação como a fonte de um envelhecer mais saudável em todos os sentidos.

Começando na 2a. feira, no diálogo com jovens talentos que estamos promovendo sobre o tema de Organizações Saudáveis, com o bate-papo com o Dr. Ronaldo Perlatto. Convidamo-lo para falar de Salutogênese, ou sejam, das causas da saúde no ser humano. Apesar da estranheza, pois estamos acostumados a falar da Patogênese, a origem da doença, explorou-se as condições de uma vida mais saudável. Passando pelas coisas mais comuns - o cuidado propriamente dito com a saúde -, para mim chamaram mais atenção dois aspectos : o cultivo do amor pela ação (e não pelo resultado) e a gratidão pelo que recebemos. No primeiro, principalmente na esfera profissional, vivemos uma cultura de resultados a qualquer custo e esquecemos que o amor pelo que se faz é que sustenta o resultado. No campo pessoal, também. Se o artista só se preocupa com o resultado da sua arte, ele adoece e não aproveita o processo da sua realização. Se nos preocupamos em ficar 100% (seja lá em que!), não vivemos o momento presente. E isto tem relação com a gratidão, com o reconhecer os presentes e os pequenos milagres que recebemos todos os dias. A cultura da falta, do "gap", nos faz críticos conosco e amargos com os outros e a vida.

Na 3a. feira, cheguei em casa e voltei a ser criança. Ganhei uma "Caça ao tesouro"  (Valeu, Sílvio!) como aquelas que fazia quando criança, com charadas a serem descobertas e presentes a serem encontrados em algumas das pistas (além de um lindo cartão no final). Fiquei  curioso, maravilhado e emocionado com as palavras e a dedicação no preparo. Algo que foi feito para que eu me lembrasse do quão especial é ser estimulado a pensar e a encontrar as respostas. Quais são os tesouros que estão todos os dias colocados na nossa frente ? Como voltar a se estimular com as reais brincadeiras ?

E agora, volto de Florianópolis, de um encontro com Daniel e Gudrun Burkhard. Amigos, sócios do destino, sábias crianças nos seus 80 e 84 anos, que nos deram uma lição de simplicidade, carinho, alegria e amor ao nos receberem com suas palavras, sorrisos, abraços e novos projetos de pesquisa.
Dois dias reenergizantes, revitalizantes e que geraram mais certeza sobre o chamado. Eles investindo para um legado para outras várias gerações a partir deles e com uma energia digna de quem está começando, sempre começando. Como sou grato a ter estas pessoas ao meu redor, próximas, que são fonte de inspiração para a vida!

É com muita alegria que chego aos 50 anos e com a esperança de ter aprendido, não só nesta semana, mas com muitas outras pessoas, a saber aceitar os limites do físico e navegar nas infinitas amplidões do espírito.

segunda-feira, 21 de abril de 2014

Momentos em Família - Encontros e Reencontros

Não, não, não! Apesar de ser bastante noveleiro, não irei comentar a novela de Maneco (até porque, se tivesse que falar sobre alguma novela,o faria sobre "Meu Pedacinho de Chão", que não é para crianças apesar das aparências! É para quem gosta de criatividade e boas interpretações). 

Há uma semana, venho tendo momentos de resgate com as diversas famílias que formei ao longo da vida. As de sangue, as da faculdade, as das afinidades culturais, as dos objetivos comuns...Que riqueza trazem estes re-encontros e estas comemorações (da expressão "lembrar juntos"- co- memorar).  

O que é uma atmosfera familiar ? Um ambiente de conhecimento, onde nossos sentidos se colocam mais relaxados, mais disponíveis a entrega. O quanto precisamos deste tipo de ambiente para podermos ser quem somos e sermos juntos quem podemos ser ? O tempo passa numa velocidade absurda, as conversas vão mudando de assunto - fala-se de tudo e de todos, rimos, chorado, nos emocionamos com as infinitas possibilidades. E com a lembrança dos bons tempos - da bondade e da beleza, da infância de brincadeiras e de carinho, da comida da avó (tive duas espetaculares, além das minhas tias!). 

Aquela mesa onde tudo acontece, quando queremos que seja feriado no próximo dia para podermos desfrutar mais. Lembro de uma vez que estávamos em Atibaia (perto de Sampa), jogando bingo em família (umas 40 pessoas) e que rezávamos para que o alguma coisa acontecesse no País para que pudéssemos ficar 3 dias mais. Nem importava quem ganharia o Bingo mas o estar juntos. 

Experimentei estas sensações,novamente, nesta última semana. Começando num almoço de domingo com amigos em casa. Uma deliciosa linguiçada, regada a cerveja e jogos das finais dos campeonatos estaduais. Continuei com uma celebração de Páscoas com meus queridos sócios e, a noite, passei no grupo de jovens com os quais estamos conversando sobre organizações saudáveis. Fui na casa de minha tia para mais uma mesa cheia de alegrias. Até rezei em hebraico com fluidez para que a reza acabasse mais rapidamente e pudéssemos conversar sobre as vidas nos seus mais diversos tempos. No dia seguinte, mais um almoço em família, com bastante risos e momentos de lembranças dos queridos que já foram e de planos de viagens,festas e diversão dos que estavam à mesa.Encontros com amigos para bate-papos, jantar com a galera da faculdade e a mescla das duas famílias - a carioca e a bauruense no Rio - para um final de semana, culminando com o almoço de Páscoa com matzá e chocolate, peixe e salada. 

É claro que a comida fez parte de todos estes relatos mas como coadjuvante daquilo que quer se manifestar - a necessidade de pertencermos a um grupo social e de podermos amar e sermos amados com todas as nossas tradições e contradições. Mesmo para alguém que não tenha boas lembranças familiares, o termo "familiar" é importante pelo conjunto de atributos que acessa o melhor em nós. Quem me conhece, sabe que não sou das tradições mais ferrenhas, que não optei pelos caminhos mais fáceis, mas que, quando se trata de encontrar, quero ter prazer nestes momentos. 

E, justamente, escrevo sobre isto nesta época de Páscoa,judaica ou cristã, que nos lembra de liberdade e de renascimento. E o que isso tem a ver com as famílias ? Se saímos do Egito para formar um povo e renascer na terra prometida, na cruz, morremos para renascer, diferentes, luminosos, livres. E os dois fatos acontecem para nos lembrar do EU e do Nós!

Não precisamos nos reencontrar sempre mas precisamos sempre nos reencontrar. Com os outros, com aquilo que fomos, somos e seremos, com nós mesmos. Em todos os momentos!Criar esta atmosfera de "família" em cada encontro alimenta a alma e ao espírito, fazendo-nos mais fortes e saudáveis. Cada vez mais nós mesmos e nós com os outros!

quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

Uma "máquina" não escreve "Ela"

Será que um dia substituiremos o calor do contato por uma inteligência artificial que nos faz rir, refletir e não nos julga ?


Temporada de prêmios nos EUA e uma série de filmes desembarcam no Brasil. Entre eles, "Ela" de Spike Jonze. Todos os filmes deste roteirista e diretor tem um altíssimo nível de criatividade nos roteiros e uma inventividade na realização que, às vezes, dificulta a própria universalização da obra. 

Neste filme, um sujeito recém-separado (aliás, muito bem interpretado por Joaquim Phoenix) compra um sistema operacional que pensa e dialoga com seu dono (também maravilhosa interpretação de Scarlet Johansson). Ao acompanhar a história, somos tanto inundados pela humor das situações quanto pela tristeza de imaginar o quanto já estamos próximos deste "futuro" descrito pelo filme. 

Falamos com nossos smartphones, tablets, laptops. Preferimos os jogos e as comunicações virtuais à possibilidade do confronto e do julgamento. Se tornou normal ver gente, nos meios de transporte, grudada em seus brinquedos, sem trocarmos um olhar que não seja de estranheza ou que nos sintamos ameaçados. Todo o aparato de segurança, com suas milhares de câmeras, nos coloca com um sorriso rígido (sim,estamos sendo filmados!) e com medo de estar fazendo alguma coisa que não esteja no padrão desejado. 

Mas, o sistema operacional do filme vai além! É sedutora, bem humorada, acompanha os sonhos do seu dono, propõe momentos de aventura e prazer, evolui, ama e  acaba sendo aceita na sociedade. Uau, a companhia perfeita! Não te critica, está à sua disposição 24 horas por dia, se preocupa com seu estado de humor, é culta e aprende rapidamente. 

Mas, no fundo, a solidão ainda continua no coração humano. E aí, não existe outra forma de curá-la que não seja o encontro com o outro. Afinal, para aqueles que, ainda não entraram 100% no automático (se tornaram inteligências artificiais?!), começam a retornar às origens, buscando momentos de contemplação na natureza e encontros com amigos e familiares. Que gostoso se emocionar com os outros, lidar as dificuldades das relações, crescer e evoluir juntos. Dá trabalho mas isso é ser humano!

Um bom filme,para mim, é assim! Que me faz divertir e que me toca nas questões mais essenciais. Onde percebo que, nem a maior inteligência artificial conseguiria escrever e dirigir algo tão humano e criativo. Não garanto que você vá gostar (gosto não se discute!!!) mas acho que vale a pena arriscar.  

sábado, 8 de fevereiro de 2014

Somos arquitetos da vida social !

Tenho recebido várias perguntas sobre como se pode desenvolver as lideranças para que as mesmas inspirem as pessoas.  Todos estão preocupados com os resultados e atuando de um modo automático que só lembram de outras responsabilidades da liderança nos “incêndios” ou quando percebem que a moral da tropa está baixa.

Que espaço estamos criando nas organizações para que o empreendedorismo e a  genuína vontade de contribuir floresçam ? Como está a sua percepção do contexto organizacional e grupal da sua equipe? Se você só vê cinza, pode estar deprimido neste espaço. Se está tudo azul, será um momento de euforia?

Qual é a real responsabilidade do líder nos dias de hoje?  Perceber o entorno e as suas necessidades, atuando para responder adequadamente a cada uma delas.

O ser humano pode ser a imagem de Deus mas nossa criação se dá na esfera do social. Somos os criadores da sociedade , da vida em grupo e, sendo assim, do espaço organizacional.

O que faz um bom arquiteto ? Cria um espaço de convívio saudável para os indivíduos.  Um espaço que desenvolva e que responda às aspirações, sonhos e vontades. Apesar das limitações de recursos – que sempre existem -, procura-se a criatividade como saída para driblar estas carências. Quem não se maravilha com os espaços descobertos pelos arquitetos, os usos múltiplos de objetos e móveis ?

Agora, vamos olhar para as organizações e a sua liderança! O quanto investimos em escutar os sinais visíveis e invisíveis dos vários “clientes” que temos ? Vamos fazendo as coisas o mais rápido possível e procurando ganhar o mais possível.

Goethe em 1825, já dizia que “Riqueza e velocidade são os objetos de desejo da sociedade. Quando só nos  educamos para isso, nos tornamos medíocres”. Há quase duzentos anos, os sinais de uma sociedade que só valoriza riqueza e velocidade já eram percebidos.

Poucos deram passos para ampliar esta visão e atuaram para elevar-se a ela. Os que fizeram tornaram-se lideres inspiradores.  Um dos caminhos para esta elevação está no autodesenvolvimento que contemple perguntas genuínas, experiências verdadeiras, a confiança em si, nos outros, no futuro e no mundo além do material, o mundo espiritual.

A integração destas correntes permite com que a liderança trabalhe com imagens, inspire com as palavras e aja com intuição e em conexão com o que o mundo lhe pede.

Não é fácil mas recompensador! Os resultados vem a medida que a coragem nos empurra a sair da zona de conforto e do papel de vítima e nos leva à tensão que gera o frio na barriga. Frio do “sim” que dizemos ao casar – sair do presente com todas as suas respostas sabidas em direção a um futuro com perguntas desafiadoras.


Estar e manter-se vivo é estar no limiar da nossa zona de conforto! Convido-os a viver, a serem líderes de si e criarem esta nova sociedade no nível que você assim almejar!  

terça-feira, 24 de dezembro de 2013

Pequeno resumo de tantas vivências de tantas pessoas

Chegamos a mais um final de ano e, depois de muitos percalços, imagino que as vitórias conseguidas por todos são muito expressivas. Terminamos 2012 com as previsões do fim do mundo! Se não aconteceram no nível físico, percebi ,pelas inúmeras conversas com amigos (e pela minha própria experiência), que este ciclo de morte e ressurreição se deu no plano anímico. 

Percorremos um longo caminho, muitas pedras tendo que ser carregadas, outras destruídas, mas no final, um sentimento de plenitude se instalou nos corações. Foi um ano de renovação dos vínculos com o melhor em nós, tendo que enfrentar o pior em cada um. Raiva, decepção, amargor foram,enfim, substituídos por leveza e alegria. Não nos damos conta ao percorrer que o destino nos levará a este ponto e ,por isso, sofremos. Mas, a consciência alcançada ao final nos leva a entender determinadas crises e confrontos.



Uma nova aliança com o espiritual, depois de um dilúvio, se estabelece. O ser humano conhece-se melhor e,com isso, conhece o outro. A liberdade de se fazer escolhas,não de acordo com as regras estabelecidas nem com os hábitos, mas com aquilo que pode trazer evolução aos seres é uma das conquistas deste processo. E praticar gentileza pode transformar os ambientes e criar condições para um 2014 mais amoroso.

Que 2013 tenha sido de bons aprendizados e que 2014 se inicie como um arco-íris de renovação, de conquistas de novas terras e de expansão dos horizontes. Que seja de um ano de muita luz nos corações,nas mentes e nas mãos de todos. Que nossa criança interior se ilumine e revele a maravilhosa aventura de viver em harmonia.

quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

A emoção de um pioneiro



Quanto tempo esperamos pelo reconhecimento de nossa obra ? Quantas dúvidas passam pelo nosso coração sobre a direção que damos aos nossos impulsos ? Serão eles importantes para os outros ? Estamos contribuindo para a evolução da humanidade, das comunidades onde estamos inseridos, de nossa família ao implementar nossas ideias ?

Durante anos, o coração fica apertado! Os resultados custam a aparecer. Temos sinais que os caminhos são adequados, feedbacks de várias pessoas que estamos fazendo o certo mas não nos convencemos. Mas, quando chega a hora, desabamos em um choro de alegria, um não-sei-o-que-eu-fiz-para-merecer-isso, onde a ficha demora a cair.

Acabo de presenciar a emoção de um dos pioneiros do Germinar, Sílvio Urbano, ao receber a notícia de um prêmio internacional dado a uma participante do programa onde é citada a utilização do método do processo decisório como o fator de inovação e que levou- a ganhar esta premiação.

Após um silêncio sepulcral e a um pedido para repetir a notícia, as lágrimas vieram bem devagar. Uma após a outra, inundando os olhos e as faces de quem muito se dedicou a compartilhar vivências  especiais com outros tantos, esperando que os frutos desta semeadura fossem colhidos pelos próprios participantes.

Momento único de reconhecimento que fica na memória e no coração de todo aquele que um dia se colocou como um veículo de uma força de desenvolvimento da humanidade.

Parabéns a todos os pioneiros do Germinar por terem plantado sementes de autoconhecimento ,de transformação social e de paz em tantos cantos, em tantos corações.

quinta-feira, 7 de novembro de 2013

Saudades,ansiedades e presentes do bem viver

Nossa! 11 meses sem postar nada! É como se eu não tivesse motivos para comemorar as várias oportunidades de viver bem que este tempo me proporcionou...E como tenho!

Muitas vezes não olhamos para estas chances - janelas e portas escancaradas - que se abrem na nossa frente.Teimamos em olhar para trás com saudade ou para frente com ansiedade, sem aproveitar o momento presente.

Quanta riqueza existe nos pequenos sorrisos e agradecimentos! Como a gentileza é capaz de resolver questões difíceis! Como estar sozinho é estar repleto de companhia! Como uma boa conversa limpa caminhos e ajuda nas caminhadas!

Aliás, quantas caminhadas! Tem uma maravilhosa que ando fazendo com um grupo de amigos no whatsapp ! Damos bom dia uns aos outros, contamos piadas, falamos de trabalho, mandamos energia e intenções de ajuda. Somos contagiados pela força espiritual do grupo e isso é bem viver. 

O presente que o presente nos dá, quando nos damos conta dele, está na singeleza do detalhe que sempre representa a grandeza do todo. Como exemplo, uma foto tirada na turma 98 do Germinar (Belo Horizonte) que conduzo junto com minha amiga Sandra e as mineiras Virgínia e Elisa.