sábado, 29 de outubro de 2011

Sobre a necessidade de viver apaixonado

Nossas relações,na grande maioria das vezes, partem de uma atração e paixão. Isso vale para uma pessoa, uma ideia, um novo trabalho ou iniciativa. Nos entregamos para podermos mergulhar neste universo de descobertas do novo mundo. A medida que o tempo passa, este calor (ou fogo!!!) inicial vai se transformando em carinho e companhia e,caso nada seja feito, morre no tédio dos hábitos,costumes e acomodações.
Sinto que a cada dia podemos renovar as nossas possibilidades de se apaixonar pelo "mesmo" (que nunca é o mesmo). Descobrir e re-significar (como estou em dúvida com a nova ortografia que escreve muçarela ao invés de mussarela, deixo com hífen a palavra!) as nossas relações faz com que possamos novamente acender um fogo brando e acolhedor. Fogo que cria coisas novas e que desperta o riso e a celebração. Consegue nos engajar nas maravilhosas viagens em conjunto que temos pela rio da vida.

Não há uma fórmula única mas a partida está em reconhecer o positivo na outra parte e em assumir que os rios não são retos e que a sua beleza vem das curvas e quedas que ele faz para superar as pedras.

Reconhecimento e Bem Viver

Há um mês atrás, um cliente me chamou para agradecer o trabalho que havia feito com o grupo dele. Já havia ficado honrado com o reconhecimento e,adicionado a isso, conheci um restaurante charmoso e com ótima comida e atendimento - Vila das Meninas. A ocasião me fez refletir sobre a necessidade de criarmos mais ambientes especiais de reconhecimento. É um dos pontos mais críticos em todas as organizações.  Somente receber o feedback, quando é bem dado, já faz bem à alma mas,quando ele é revestido com o cuidado e o carinho, sentimos nossa contribuição ser maior e a motivação aumenta. É um privilégio ver o trabalho caminhando de uma forma saudável, sabendo que contribuímos um pouco para isso!

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Trabalho em Caiman

Não se assustem! Estou sim em Caiman mas no Refúgio que fica no Pantanal. E sim, estou a trabalho,conduzindo, em conjunto com um sócio, um trabalho com um time de líderes.

O lugar é um espetáculo! Vê-se bichos por toda a parte - tamanduás, araras azuis, guaxinin, onças, entre outros. Aliado ao serviço extremamente atencioso e à comida de excelente qualidade, vale a pena conhecer este pedaço de paraíso! 

O trabalho ganha outro significado quando nos permitimos a contemplar os presentes e as lições que a natureza nos dá. Os grupos vão adquirindo harmonia, convivendo melhor com a sua diversidade, percebendo e construindo imagens bonitas. Sempre acreditei nisto mas é sempre surpreendente ver os resultados.

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Rosa

Recebi uma mensagem interessante no facebook : "As crianças são felizes pois não sabem o que é isto;os velhos são infelizes pois só pensam nisso". Logo após recebê-la, fui ver um monólogo chamado Rosa, de Martin Sherman. É a história de uma senhora judia de 80 anos que está de luto e conta os fortúnios e infortúnios da sua vida. Brilhantemente interpretada por Débora Olivieri e com uma direção sensível, as diversas crise pelas quais passa essa mulher e o processo de envelhecimento do seu físico e da sua alma se tornam visíveis ao longo do espetáculo que,com tintas sutis de humor, revela um drama de todos nós - saber envelhecer bem. Aproveitar cada momento, entender seus significados e extrair os aprendizados é  caminho de desenvolvimento para uma boa velhice. Aliado ao que disse Nilton Bonder no Yom Kippur,citando um filósofo (que não me lembro o nome. Será velhice?):"Perdão é o ato de abrir mão das expectativas de uma passado que não aconteceu". Perdoar-se e perdoar os outros faz com que carreguemos menos peso para um corpo físico já desgastado.
Uma pena que o espetáculo teve sua última apresentação ontem no Rio mas espero que vá para outros lugares espalhar mais reflexões.

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

La Vache que rit

Para quem já foi à França, deve ter se deparado com aquelas embalagens de plástico vermelho com um queijinho de levar para viagem. As crianças gostam da imagem de uma vaca que ri.
Ontem, ri e refleti bastante com uma vaca. A do filme "Um Conto Chinês", filme argentino, que com uma estrutura simples mostra como as descobertas que os encontros casuais podem impactar na rotina de nossas vidas. O cinema argentino vem se tornando um dos meus xodós através de direções competentes,roteiros consistentes e de atores espetaculares. Quem não gosta de ver o Ricardo Darín atuando? Mas, voltando ao filme, me fez pensar, quantas vacas caem nos barcos de nossa vida todos os dias ? Será que percebemos os sinais de mudança que elas nos mostram? Ou, o que é preciso para acordarmos e vermos o mundo de outra forma? Veja o filme e você entenderá melhor este "post". O filme é ótimo e leve.

domingo, 9 de outubro de 2011

Rio Primavera

Depois de meu segundo jejum do ano (retiro em Matutu e Yom Kippur), os passarinhos anunciam que a primavera está a toda flor...Um domingo de sol no Rio, com as árvores do Leblon repletas de orquídeas plantadas pelos moradores, Coldplay tocando enquanto escrevo e as pessoas ainda acordando. Um cenário de tranquilidade e paz interior, digno da  purificação que fazemos quando jejuamos. Andar na praia, tomar uma água de coco, receber mensagens e músicas de gente muito querida, perceber a vida se renovando todos os dias,cheias de sons e cores é uma benção. Levar estes sentimentos para os outros dias da semana é um desafio, mas vale a pena tentar.

terça-feira, 4 de outubro de 2011

Frente e Verso

Hoje fui positivamente surpreendido com a volta de um hábito de quem frequenta a ponte aérea há bastante tempo - a distribuição de jornais do dia(Isso me lembrou até o Electra e seus bancos coletivos). 
Comecei a ler pelo fim, pelo segundo caderno e me deparei com a coluna do Jabor falando de paranóias. Foi muito bom,logo no início do dia, refletir sobre as padronizações de respostas e comportamentos vigentes na sociedade atual e, boa parte do que ele relata, acredito que todos nós já nos questionamos. Tem um certo saudosismo mas com,no meu entender, consciência. 
Você deve estar se perguntando porque o título deste post é frente e verso. Pois bem, ao cortar o tal artigo, no seu verso, estava uma tira de quadrinhos muito boa. Nela, um senhor sentado num banco é abordado por um guarda que lhe diz que aquele lugar é destinado a pessoas com necessidades especiais. O senhor logo retruca : "Estou largando o meu emprego para viver uma vida com alegria! Isto não é uma necessidade especial ?". Ao que o guarda responde, chorando e se abraçando com o senhor: "Sim".
Todos nós temos necessidades especiais, queremos ser tratados com respeito, valorizar a nossa individualidade,sem respostas padrões. 
No fundo, ambos - artigo e quadrinhos - abordam isso e nos fazem lembrar do cuidado que devemos ter nas relações de atendimento a clientes. São relações humanas, relações especiais.  

domingo, 2 de outubro de 2011

Quando as sementes germinam...

Em vários momentos,  temos dúvidas sobre o que fazemos e se contribuímos para melhorar o mundo,as pessoas,etc... Neste final de semana, fui duplamente presenteado com respostas para estas perguntas. 

Fui ao Hotel do Bosque (muito bonito e agradável) em Angra  com participantes que terminaram um curso (Aprofundamento da Adigo)  em maio deste ano e que marcaram um encontro para se rever e aprofundar conteúdos e relações. Tudo organizado com muito amor e carinho por um grupo carioca (obrigado Heloísa,Denise e Carlos), várias crianças, maridos e esposas presentes numa alegria muito grande. Na chegada, encontrei dois ex-participantes do Germinar (programa de Desenvolvimento de Lideranças 3o. Setor do Instituto EcoSocial) trabalhando juntos e tocando um workshop para professores da rede pública, financiados por uma empresa. Fiquei orgulhoso de ouvir o som do gongo e ver pintura e outras atividades aprendidas conosco ,incorporadas no workshop. E feliz de perceber que as pessoas estão indo para o mundo e semeando conteúdos e práticas para  públicos bem distintos. Isso também aconteceu com o grupo de aprofundados - cada um, a sua maneira, tomando decisões corajosas, buscando um espaco para o seu autodesenvolvimento e das organizações onde trabalham e cheios de perguntas e caminhos diferentes para buscar as respostas.  

Provas que a diversidade caminha junto com a harmonia , que não existem tão claramente os setores e,sim, interesse genuíno em fazer algo e em colocar novas sementes para germinar. Se temos dúvidas de nossa contribuição para o mundo, temos que "sair da casca" e encontrar as pessoas. Quando menos se espera, a resposta vem e você começa a entender o como você contribui. Estes momentos são pequenos em tempo e imensos na alma e no espírito, renovando nossas forças.