Tenho recebido várias perguntas sobre como se pode
desenvolver as lideranças para que as mesmas inspirem as pessoas. Todos estão preocupados com os resultados e
atuando de um modo automático que só lembram de outras responsabilidades da
liderança nos “incêndios” ou quando percebem que a moral da tropa está baixa.
Que espaço estamos criando nas organizações para que o
empreendedorismo e a genuína vontade de
contribuir floresçam ? Como está a sua percepção do contexto organizacional e
grupal da sua equipe? Se você só vê cinza, pode estar deprimido neste espaço.
Se está tudo azul, será um momento de euforia?
Qual é a real responsabilidade do líder nos dias de
hoje? Perceber o entorno e as suas
necessidades, atuando para responder adequadamente a cada uma delas.
O ser humano pode ser a imagem de Deus mas nossa criação se dá
na esfera do social. Somos os criadores da sociedade , da vida em grupo e,
sendo assim, do espaço organizacional.
O que faz um bom arquiteto ? Cria um espaço de convívio
saudável para os indivíduos. Um espaço
que desenvolva e que responda às aspirações, sonhos e vontades. Apesar das
limitações de recursos – que sempre existem -, procura-se a criatividade como
saída para driblar estas carências. Quem não se maravilha com os espaços
descobertos pelos arquitetos, os usos múltiplos de objetos e móveis ?
Agora, vamos olhar para as organizações e a sua liderança! O
quanto investimos em escutar os sinais visíveis e invisíveis dos vários
“clientes” que temos ? Vamos fazendo as coisas o mais rápido possível e
procurando ganhar o mais possível.
Goethe em 1825, já dizia que “Riqueza e velocidade são os
objetos de desejo da sociedade. Quando só nos
educamos para isso, nos tornamos medíocres”. Há quase duzentos anos, os
sinais de uma sociedade que só valoriza riqueza e velocidade já eram
percebidos.
Poucos deram passos para ampliar esta visão e atuaram para
elevar-se a ela. Os que fizeram tornaram-se lideres inspiradores. Um dos caminhos para esta elevação está no
autodesenvolvimento que contemple perguntas genuínas, experiências verdadeiras,
a confiança em si, nos outros, no futuro e no mundo além do material, o mundo
espiritual.
A integração destas correntes permite com que a liderança trabalhe
com imagens, inspire com as palavras e aja com intuição e em conexão com o que
o mundo lhe pede.
Não é fácil mas recompensador! Os resultados vem a medida
que a coragem nos empurra a sair da zona de conforto e do papel de vítima e nos
leva à tensão que gera o frio na barriga. Frio do “sim” que dizemos ao casar –
sair do presente com todas as suas respostas sabidas em direção a um futuro com
perguntas desafiadoras.
Estar e manter-se vivo é estar no limiar da nossa zona de
conforto! Convido-os a viver, a serem líderes de si e criarem esta nova
sociedade no nível que você assim almejar!
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