quarta-feira, 14 de setembro de 2011

A natureza é sábia

O que você aprende com a natureza? A vida enclausurada que levamos nos afasta dos ritmos e das infinitas possibilidades que existem na natureza. Bastam 5 minutos de uma observação silenciosa neste mundo hoje quase desconhecido e muitos insights surgem. Os diferentes sons dos pássaros do dia e da noite, as formas como as árvores e a vida natural se desenvolvem, entre outras manifestações.

Na semana passada, tive um exemplo vivo  no Patrimônio do Matutu. Contemplei duas árvores que cresciam entrelaçadas. Uma mais baixa e frondosa, a outra muito alta e quase seca,porém com brotos despontando na ponta de seus galhos (como não tinha celular nem máquina fotográfica, espero estar descrevendo de forma a criar uma boa imagem). Ou seja, uma dava a base para as novas folhas da outra árvore se desenvolverem. Esta formação me fez refletir sobre a imensa quantidade de ideias que quero colocar em prática e o processo binário que tenho quando me surge uma iniciativa. O primeiro raciocínio é que devo desistir do que já tenho para dar vida ao novo. Quantas vezes perdi oportunidades de combinar o que já existe com o que está por vir. E,às vezes, com a incerteza do novo, não tentei. Até já sabia disto, mas a revelação , por uma força que não julga e só se apresenta, mexeu comigo.

No mundo executivo. temos muito medo de propor atividades fora da sala - "abraçar árvore,nem pensar...", "que resultado que isto vai trazer para o negócio?", "não é muito cabeça?!" . Na maioria das vezes, quando propomos, é para utilizá-la como meio de estimular competições e desafios através de jogos e dinâmicas (gosto muito de algumas práticas),ou seja, só para criar um palco diferente (e para muitos ameaçador).  Mas, não precisamos criar muitos outros estímulos pois a natureza se oferece como palco de aprendizado só por estarmos em contato com ela.  Recentemente, com grupos de líderes empresariais e sociais, tenho percebido como pequenas atividades de observação trazem um enorme aprendizado para as pessoas e uma profunda alegria pela reconexão com os elementos da natureza exterior e da nossa essência.

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